[Cecília Troiano]
Acompanhe o tempo e a remuneração de mulheres em licença em vários países:
País | Tempo de licença | % do salário | Quem paga |
África do Sul | 12 semanas | 45% | Seguro-desemprego |
Alemanha | 14 semanas | 100% | Previdência e empregador |
Argentina | 90 dias | 100% | Previdência |
Brasil | 4 meses | 100% | Previdência |
Canadá | 18 semanas | 55% | Seguro-desemprego |
Chile | 18 semanas | 100% | Previdência |
Cuba | 18 semanas | 100% | Previdência |
EUA | 12 semanas | 0 | — |
Itália | 5 meses | 80% | Previdência |
Líbano | 40 dias | 100% | Empregador |
Portugal | 98 dias | 100% | Previdência |
Reino Unido | 18 semanas | 90% nas primeiras 6 semanas, depois é um valor fixo | Previdência |
Suécia | Até 450 dias | Variável | Fundo mantido por empregados, empregadores e governo |
* fonte: revista Claudia edição de abril/2006
BRASILEIRAS APROVEITAM LICENÇA
Na pesquisa quantitativa feita para o livro Vida de Equilibrista, dores e delícias da mãe que trabalha, a adesão à licença-maternidade, se não unânime, é bastante alta.
75% das mães tiveram um período de licença ou algum tipo de parada após o nascimento.
Tiraram licença-maternidade:
- 82% das assalariadas
- 70% das autônomas
- 58% das empresárias
A parada foi de, em média, 4 meses – o que corresponde ao período oficial de licença maternidade.
A advogada, escritora e feminista Rosiska Darcy de Oliveira considera absurdo alguém abrir mão ou encurtar sua licença em razão do trabalho. “A licença-maternidade foi uma das maiores conquistas das mulheres e abdicar dela é uma violência contra si mesma. Afinal, se alguém decide ter filhos, há de ser para criá-los.”