[Cecília Troiano]
Com certeza a nova geração de mulheres que chega agora ao mundo corporativo pensa muito diferente da geração anterior. Para a nova geração, competir com homens ficou coisa do passado. Em certo sentido, o espaço das mulheres já está garantido. O que buscam agora,é como tornar esse ambiente, nascido nos moldes masculinos, cada vez mais amigável para as mulheres. Entende-se por amigável a possibilidade de ele ser mais aberto, menos rígido, mais democrático em termos salariais e que tenha políticas organizacionais que espelhem as aspirações femininas. Soma-se a isso, as expectativas que essa nova geração de profissionais traz consigo. Elas almejam sim ter sucesso e ganhar dinheiro. Mas claramente querem combinar o crescimento profissional com a qualidade de vida. São garotas que não abrem mão de sair com amigos , que curtem ir à praia e fazer academia. As empresas, dos antigos obcecados por trabalho, precisam se adaptar a esse novo perfil de colaborador. Horas extras sem fim, trabalhar fim de semana, viagens sem fim, tudo isso faz parte desse processo de revisão de valores. Trabalhar, sem dúvida, mas com bem menos estresse e pressão.
Em recente artigo no jornal O Estado de São Paulo, do último dia 28 de julho, são apresentadas 2 frases que para mim emblemáticas dessa mudança de comportamento. Uma delas é da Carime Kambour, VP do Instituto Claro que diz: “A mulher está mudando a atitude e vendo que não precisa competir com os homens, se for competente”. A outra, a voz de uma “nativa” dessa geração, Elisa Carvalho, estudante da FGV: “Não adianta ser bem sucedido, ter dinheiro e estar infeliz. Sucesso engloba família, amigos e carreira”.
Vale acompanhar as grandes mudanças que essa revisão de valores provocará nas empresas!