Coração de equilibrista

[Cecília Troiano]

Na semana passada tive o prazer de conhecer um livro, escrito pelo médico cardiologista Prof. Dr. Otavio Gebara, com o sugestivo nome de “Coração de Mulher”, publicado pela Editora Abril.

O livro foi escrito para nós. É uma leitura obrigatória e imperdível. Apenas citando um pequeno trecho inicial para dar mais realidade a essa sugestão de leitura, nas palavras do Dr. Gebara:

“No coração de mãe sempre cabe mais um – a expressão popular pode ser muito bem estendida para todas as mulheres, tenham elas filhos ou não, ainda mais se pensarmos nas conquistas femininas nos últimos 30 anos. Haja espaço no coração para abrigar antigos e novos papéis. Com a rotina mais atribulada do que nunca e as múltiplas cobranças, as mulheres passam a conviver com o colesterol alto, a hipertensão e, consequentemente, o risco de um infarto – que antes era tremendamente associado ao sexo oposto.”

Precisamos cuidar do coração porque ele é o  motor da nossa vida de equilibrista. O livro tem a virtude de ser extremamente didático, agradável de ler e muito, muito útil.

Vale conferir a dica e, claro, desejo sempre muita saúde para todas nós!coracao

Carinho sim, grude não

[Sergio Spalter]

Claro que eu gostaria de ter uma licença-paternidade, principalmente sendo pai do terceiro filho e tendo que administrar várias situações novas após a chegada dele!

Mas, se eu pudesse realmente escolher, daria a minha parte da licença para a Natália, que é quem de fato tem acordado várias vezes à noite para cuidar dele e, por ser autônoma como eu, precisou voltar precocemente ao trabalho.

Dizem que na Suécia a mãe tem dois anos de licença e o pai um.Eu ficaria feliz com dois meses. Mais do que isso, dá um pouco de medo de acostumar. Sou pediatra e sempre vejo o suplício que é para as mães, principalmente no primeiro filho, terem que voltar ao trabalho.

Quanto mais perto do dia da volta, mais grudada a mãe fica com a criança. Isso também não é bom…

Claro que é natural pensar na criança, no fato de ficar longe dela, do sofrimento que isso pode gerar. Mas o sofrimento sempre é maior na mãe, que além de exausta, fica culpadíssima e esgotada. Não precisa ser assim. Ficar um pouco longe de casa é até saudável. E a criança precisa de um pouco de espaço, senão sufoca! Tudo é uma questão de equilíbrio. O importante, eu acho, é não sofrer a toa.

Sergio Spalter é médico pediatra, pai de Aninha, Alice e Alex e escreve em 3 blogs! www.drspalter.com